O repertório técnico do caratê está dividido, de modo básico, em dois grandes grupos go waza (剛 技 técnicas rígidas) e ju waza (柔技 técnicas suaves),
que compreendem respectivamente os golpes de impacto e os de controle.
Sendo que isso não tem nenhuma relação com estilo ou mesmo a denominação
deste, são dois aspectos presentes em qualquer sodalício ou modo de se
ensinar/aprender a modalidade.
As técnicas rígidas englobam todas aquelas golpes e movimentos em que
há explosão de energia, promoção ou absorção de impacto, daí seu nome
(saltos, socos, chutes e pancadas). A sua contrapartida são as técnicas
suaves, ou aquelas nas quais visa-se mormente o controlo da energia da
luta e da do adversário contra si mesmo e controlo dele de per se (projeções, caimentos, imobilizações e luxações).
Além da divisão conforme a natureza do movimento, pode-se dividir as técnicas do caratê em dois grandes grupos, te waza (手 技 técnicas manuais) e soku waza (足 技 técnicas podais), e um grupo menor, atama waza (頭 技 técnicas capitais).E, bem assim, em uke waza (受け 技 técnicas de defesa) e kogeki waza (攻撃 技 técnicas de ataque).
Os vários grupos e subgrupos tendem a misturar-se, exibindo a noção de
que uma técnica pode ter variados fitos, ou seja, um mesmo movimento ou
golpe pode ser usado tanto como defesa como ataque, o que vai realmente
prover uma diferenciação mais objetiva não exatamente o golpe em si mas o
binômio de cenário de enfrentamento e intento.Daí que nas técnicas manuais incluem-se defesas, ataques, projeções,
imobilizações. E isso também é verdade quando se focam os movimentos
feitos com os pés.
Um caractere importante é o manejo do ki, da energia: o carateca deveria executar todas as técnicas parecendo um flúmen. Sob a umbrela desse conceito, o ki fluiria livremente.
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