terça-feira, 11 de junho de 2013

Capoeiristas famosos que marcaram a história

 
Mestre Pastinha
Mestre Pastinha foi o pai da Capoeira Angola.
Pastinha foi uma das figuras mais queridas de toda a Salvador, por sua extrema devoção à capoeira. Mesmo depois de idoso, jogava capoeira como um jovem exímio, executando sua movimentação com perfeição e agilidade.
Mestre Bimba
Manoel dos Reis Machado ( Mestre Bimba ), nasceu em 23 de novembro de 1900, no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador, Bahia, filho de Luís Cândido Machado, famoso campeão baiano de batuque, e de Maria Martinha do Bonfim. Foi carvoeiro, doqueiro, trapicheiro, carpinteiro, mais principalmente capoeirista e "Mestre de Capoeira, condição esta adquirida por reconhecimento popular e pelo respeito da sociedade, numa época em que a perseguição as manifestações da cultura negra era muito intensa e perversa. Muniz Sodré, Ex-aluno se refere ao Mestre dizendo "foi uma das ultimas grandes figuras do que se poderia chamar de ciclo heróico dos negros da Bahia". Pai da Luta Regional Baiana, agora Capoeira Regional, morreu desejando a capoeira no mesmo patamar que as artes marciais olímpicas. Nunca foi derrotado no ringue.
Zumbi dos Palmares
Zumbi dos Palmares líder escravo alagoano (1655-1695). Símbolo da resistência negra contra a escravidão, é o último chefe do Quilombo dos Palmares.
Besouro Mangangá
Besouro é simbolo da Capoeira em todo o territorio baiano, sobretudo pela sua bravura e lealdade com que sempre comportou com relação aos fracos e perseguidos pelos fazendeiros e policiais.
Manduca da Praia
Um capoeirista famoso conhecido por toda população do Rio de Janeiro foi Manduca da Praia. Homem de negócios, respondeu a 27 processos por ferimentos graves e leves, sendo absolvido em todos eles pela sua influência pessoal e de amigos. Era pardo claro, alto, reforçado, usava barba grisalha. Sua figura inspirava temores para uns e confiança para outros. Vestia-se com decência, chapéu na cabeça, usava um relógio que era preso por uma corrente de ouro, casaco grosso e comprido que impressionava as pessoas com seu porte, usava como arma uma bengala de cana-da-índia e a ele deviam respeito. Foi muito antes da abolição que os capoeiristas individualmente ou em maltas, perturbaram e aterrorizaram a sociedade carioca. As maltas eram usadas indiscriminadamente em rixas de políticos de diferentes facções. Manduca era só ele.

Waldemar da Paixão
Waldemar Rodrigues da Paixão, cantador absoluto, Capoeira desde rapaz, tinha o seu barracão, na Liberdade, onde ensinava e promovia as suas Rodas, muito conhecidas e apreciadas por todos e frequentadas por capoeiras e artistas. As suas rodas foram-se tornando a referência da roda de capoeira, no célebre Barracão do Corta-Braço. "Roda boa quem se lembra ? Na estrada da liberdade, no barracão do Corta-Braço, tinha roda bamba de verdade. Reunia grandes mestres do passado" recorda Mestre Dimola do grupo de Capoeira Guanabara. Mestre Waldemar ficou conhecido como dos maiores cantores das rodas de capoeira pelas caracteristicas diferenciadas de seu canto, bem como seu estilo de jogo . Novamente na canção de Dimola "Se sua morte foi alforria, Jesus Cristo o libertou. De mal de Parkinson sofria, sofrimento não levou. Para nós somente a lembrança restou". Em 1990, já doente com doença de Parkinson veio a falecer deixando muita saudade mundo da capoeira.

 

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