Do Japão para o Brasil, o jiu-jítsu passou por inúmeras alterações, muitas delas desenvolvidas pela família Gracie e que deram origem ao chamado brazilian jiu-jitsu, hoje praticado no mundo inteiro. O estilo brasileiro contemplou lutadores mais leves e mais fracos, já que duas de suas premissas são o uso da alavanca (usar todo o corpo do lutador ou do adversário para golpear) e levar o combate ao chão, onde o atleta usará essa ferramenta com mais facilidade.
Por conta disso, as mulheres se saem muito bem na luta. É o que observa Kyra Gracie, bisneta de Carlos Gracie e única mulher faixa preta da família a competir profissionalmente. “Como somos mais habilidosas e não levamos muita força para os movimentos, desenvolvemos mais a técnica”, analisa. A flexibilidade é outro ponto a favor das mulheres já que ela é essencial para diversos golpes.
Quatro vezes campeã mundial na categoria leve e duas vezes primeiro lugar no ADCC, ela é referência no universo do esporte. “Com o uso de alavancas, não é importante ter massa muscular, peso e estatura. Você consegue adaptar os movimentos ao seu biotipo”, observa.
No mais, por segurança, as mulheres devem prender os cabelos e usar proteção nas orelhas a fim de evitar o atrito com o tatame.
Por Sara Puerta - http://sportlife.terra.com.br
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