sexta-feira, 31 de maio de 2013

Kung Fu : O Termo correto

O Termo Correto

(Kungfu / Gongfu / Wushu / Kuosho / Guoshu)
                                    
“Kungfu”, corretamente grafado (em Pinyin) Gongfu, é um termo genérico amplamente utilizado, especialmente no ocidente, para se referir aos vários estilos de arte marcial chinesa.
A essência da arte marcial chinesa é o desenvolvimento de técnica e caráter através de muitos anos de devotado esforço. De fato, Gongfu literalmente significa tempo; habilidade, talento; trabalho, esforço. O termo Gongfu é composto de duas palavras: Gong que significa conquista, mérito, trabalho, técnica; e Fu que significa homem adulto. 
A combinação das duas palavras refere-se ao desenvolvimento das habilidades de uma pessoa através da dedicação de tempo e esforço, porém os ocidentais erroneamente pensam que o termo Gongfu significa, como tal, algum tipo de sistema de luta. Na verdade qualquer pessoa que procure desenvolver uma técnica, talento ou pratica que exija paciência, perseverança, dedicação e tempo para que se atinja certo grau de habilidade e dita ter Gongfu. Desta forma um pianista, um artista, um médico, ou qualquer outra pessoa, que constantemente pratica seu labor, e assim atinge um alto grau de competência no que faz, é dito ter Gongfu. Assim vemos que Gongfu é um atributo pessoal, como integridade e sabedoria. Você poderia dizer que certa pessoa “tem” Gongfu, ao invés de dizer que dizer que a pessoa “sabe” ou “faz” Gongfu.

De todas as artes marciais da Ásia o Gongfu é a que coloca a maior ênfase na mente sobre os músculos, é uma verdadeira filosofia de vida, e chegou a ser chamada de “Box Filosófico” pelos primeiros ingleses que tiveram contado com a arte marcial chinesa.
          O termo Kungfu ficou relacionado aos diversos estilos da arte marcial chinesa devido aos filmes de “Hong Kong” e principalmente devido a famosa série televisiva Kung-Fu do início dos anos 70, que contava a história de um jovem e dedicado monge Shaolin, no velho oeste americano,  e de seu esforço e dedicação na busca de seu desenvolvimento pessoal.
Muito embora o termo Gongfu tenha se popularizado no ocidente como meio de se referir à arte marcial chinesa, a palavra chinesa adequada para se referir aos diversos estilos de arte marcial é Wushu, que significa literalmente: arte marcial. Outra palavra chinesa também utilizada para se referir as artes marciais é Kuoshu”, corretamente grafado (em Pinyin) Guoshu,  que significa arte nacional, termo este que deixou de ser utilizado na China por volta do final da década de 20 por razões puramente políticas. Contudo, embora no ocidente, especificamente durante a década de 90, tenha existido uma tendência equivocada de utilizar-se a palavra Wushu para se referir as técnicas modernas de competição, e “Kuoshu” para se referir a técnicas tradicionais, na verdade ambos são termos equivalentes para se referir a arte marcial chinesa, desta forma temos tanto Wushu tradicional como Guoshu Contemporâneo e vice-versa.
         O termo Wushu é composto de um par interessante de caracteres: Wu é o mesmo que Bu em japonês (ex.: Budo e Bushido).  Wu literalmente significa “militar, marcial”, contudo um olhar mais cuidadoso mostra um significado mais profundo. Dividindo se o ideograma Wu em duas partes, ternos a metade da esquerda que significa “parar”, enquanto que a parte da direita uma figura de uma lança ou qualquer outra arma. Quando as duas partes são colocadas juntas, o significado secundário é de se por um fim a violência, em outras palavras, as artes marciais são um meio de se ganhar paz. Shu representa a idéia de “arte” ou “método”, então os dois caracteres podem ser utilizados para dizer “Arte Marcial” ou, em uma análise mais filosófica, “Método de parar a violência”.
É importante que se observe que o I.O.C. (C.O.I. - Comitê Olímpico Internacional) reconheceu a arte marcial chinesa utilizando-se do termo Wushu. No ocidente a grande maioria das entidades de divulgam a prática da arte marcial chinesa continuam a utilizar-se do termo Kungfu”, por ser mais conhecido pela população, mas também já se utilizando o termo Wushu, como meio de popularizar o uso do termo mais adequado, por isso comumente nos deparamos com a combinação dos dois termos: Kungfu-Wushu.
Notas:

1.    Pinyin é o sistema oficial de romanização, por fonética silabática, para a língua chinesa na República Popular da China. O Pinyin é reconhecido pela UNESCO (órgão da O.N.U.) como sistema oficial de romanização da língua chinesa, e o Brasil como signatário da O.N.U. deve observar o mesmo sistema.
Obs: em Pinyin palavras compostas são escritas sem utilizar hífen (-).

2.    Gong de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: fazer meritório; mérito; conquista; perícia (de dançarinos, ginastas, etc.)

3.    Fu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: marido; homem.

4.    Gongfu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: tempo; esforço; trabalho; perícia (de dançarinos, ginastas, etc.); art; prática.

5.    Wushu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: artes marciais.

6.    Wu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: militar; relacionado com artes marciais.

7.    Shu de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press: arte; perícia; técinica; método; tática. 

8.    Guo de acordo com o dicionário Chinês da Oxford University Press:  país; estado; nação.


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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Armas tradicionais do Kung Fu





Falar de Kung Fu sem mencionar a enorme variedades de armas e a habilidade de seus praticantes necessária em sua execução é praticamente impossível. Ao contrário do que se pode pensar, o Kung Fu não se limita a ataques e defesas corporais somente, pois ao longo de sua história muitas armas foram desenvolvidas.

Existe uma primeira distinção entre as armas utilizadas no Norte da China e as utilizadas no Sul da China. Como o Norte é uma região mais fria, seus habitantes andavam à cavaloe por isso utilizavam armas mais compridas, enquanto no Sul se usavam armas mais curtas.
Pelo que se tem notícia, o bastão apareceu há 4000 anos e era feito de bambu, material encontrado em abundância na China. O surgimento do bastão deu-se ao fato de que ele era utilizado pelos lavradores para transportar duas cestas de arroz, caso este fosse atacado as cestas eram escorregadas e o bastão se transformava numa eficaz arma.
As armas utilizadas pelos chineses antigos eram consideravelmente mais pesadas do que as utilizadas atualmente para treinamento e demonstrações públicas.
Para o aluno iniciante, começar o aprendizado do Kung Fu pelo manejo de armas não é um bom início, pois ele não desenvolve suas armas naturais.
Para um treinamento individual alcançar certo nível, a perícia é de muita importância e a coordenação motora é exigida até seu limite máximo. O fracasso de um ou ambos os aspectos pode resultar em sérias consequências para o praticante.

Existem basicamente 18 armas chinesas principais, tais como: bastão, espada, lança, etc. Na realidade existem muitas outras.
O treinamento avançado com armas não serve só para se tomar conhecimento dos métodos antigos, mas também para desenvolver os músculos.
Tendo um amplo conhecimento em ambas as formas de lutas, armado ou não, o aluno estará preparado para enfrentar qualquer situação.
Com o desenvolvimento das armas de fogo, a utilização das armas tradicionais chinesas devem ser vistas principalmente como auxiliares no desenvolvimento das habilidades motoras dos praticantes.

Podemos classificar as armas nas seguintes categorias:
1) tamanho: curtas, médias e longas.
2) forma: articuladas ou não-articuladas.
3) número: simples e duplas

Ao todo temos mais de 400 tipos diferentes de armas nos vários estilos de kung fu, não podendo se esquecer da utilização dessas armas nas escolas chamadas internas, como o Tai Chi Chuan. Muitas delas são objetos de uso diário que podem ser utilizadas para fins bélicos quando necessário.
Algumas das principais armas chinesas utilizadas no kung fu são as seguintes:

· KWÂN (BASTÃO)
- tai mei kwân: bastão normal, tem a altura até a sombrancelha do praticante.
- sam ti kwân: bastão articulado em três partes; três pequenos bastões interligados com correntes.
- lean ti kwân: bastão de duas partes, podendo ser de dois tipos: dois pequenos bastões interligados por uma corrente (conhecido como nunchaco), ou então um bastão maior e outro menor, interligados também por uma corrente.
- si mei kwân: bastão bastante longo (com aproximadamente três metros de comprimento), chamado de bastão rabo de rato, sendo que uma das extremidades é mais grossa que a outra.

· TCHAN (LANÇA)
- tan tau tchan: lança de uma ponta ou uma cabeça.
- chan tau tchan: lança de duas pontas ou cabeça dupla.
- sei jen tchan: lança de ponta de cobre.
- gi nga tchan: lança meia lua.
· KIM (ESPADA)
- tan kim: espada simples.
- sheang kim: espada dupla.
- tuim kim / pei sao: espada curta ou punhal.
- keq: espada grossa, cheia de espinhos.

· TOU (FACÃO)
- tan tou: facão simples. Arma muito utilizada devido à sua eficácia nos golpes cortantes.
- sheang tou: facão duplo
- tai ma tou: facão grande de cabo curvo, muito utilizado à cavalo
- wu tip tou: facão duplo borboleta, facão mais curto que o tan tou, usado normalmente aos pares e muito eficaz contra armas maiores como a lança. É colocada ao lado do tambor nas festividades.
- kan van tou: facão de nove argolas
- kwan tou: facão do Kwan Kun, arma tradicional chinesa, ensinada a alunos especiais.

· PA (TRIDENTE)
Arma longa, é um bastão de madeira com um tridente na ponta; no Norte da China esta arma é menor e mais fina, no Sul ela é mais grossa e mais pesada

· NGÂU (GANCHO)
Aarma mais utilizada entre os estilos do norte da China
- tan ngâu: gancho simples
- sheang ngâu: gancho duplo
- fu tao ngâu: gancho cabeça de tigre

· PIN (CORRENTE OU CHICOTE)
Arma muito perigosa, que exige grande habilidade.
- tan pin: corrente simples
- sheang pin: corrente dupla, usada uma em cada mão
- fu mei pin: corrente rabo de tigre, constituída de sete pedaços
- fun von pin: chicote de pavão, constituída de nove pedaços

· GI GA TCHAN (PÁ MEIA LUA)
Arma muito antiga, utilizada pelos monges

· FEI TO
É uma ponta de lança amarrada à uma corda, usada como se fosse uma corrente, com o objetivo de atacar inimigos à distância.

· FU (MACHADO)
· TCH'OI (MARTELO)
· PÁ SIN (LEQUE)
O lutador possuía seu leque com varetas de bambu ou ferro e sua utilização era bem parecida com a do punhal.

· SIN (FLAUTA)
Muito utilizada por músicos, podia ser confeccionada de bambu ou ferro, como se fosse um bastão pequeno.

· KWAI TCHAN (BENGALA)
Muito usada pelos anciãos e por pessoas com problemas físicos.

· GI SAN (GUARDA CHUVA)
Instrumento de uso diário dos chineses, muito popular.

· TCHEAN TAN (PEQUENO BANCO COMPRIDO)
Constituído por uma tábua e quatro pés, também é muito popular na China. Para os ocidentais pode parecer estranho o uso desses tipos de armas, mas na China elas são normais.

· KUN TIN (ARCO E FLECHA)
· AM REI (ARMA ESCONDIDA)
No ocidente ela é conhecida como "Suriken", pequena estrela que é arremessada à distância.

· TAN PAI (ESCUDO DE VIME)
··· LANÇA DE DUAS PONTAS:
·  CHAN TAN TCHAN - lança de duas pontas ou de duas cabeças. Arma de manejo difícil e extremamente perigosa, inclusive para o praticante, que deve ter bastante agilidade na hora de girá-la, para que não pegue em seu próprio corpo. Antigamente, era muito usada no teatro. Nas peças teatrais, havia sempre a participação de um mestre em armas marciais e todos os artistas eram verdadeiros praticantes, pois durante as viagens eram constantemente atacados.
Esta é uma arma que desenvolve a velocidade do praticante e que, antigamente, era muito considerada. É especial porque na China ela é composta por duas partes, que o praticante pode desencaixar de acordo com a necessidade e utilizar como duas lanças curtas.
No Brasil, a lança de duas pontas faz parte do estilo Fei Hok Phai. 















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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Estilos do Wushu Moderno

changquan

Changquan

(Punho Longo/Punho do Norte)
É um termo genérico destinado a todas as escolas Shaolin. Consiste em movimentos vigorosos das mãos, saltos em grande altura, giros rápidos do corpo e sequencia de chutes e socos fulminantes.

daoshu 

Dao Shu

(Arte do Facão)
Consiste em variados movimentos de giro de corpo combinado com técnicas de defesa, ataque e bloqueio com facão.


gunshu

Gunshu

(Arte do Bastão)
Consiste em movimentos que incluem estocadas, movimentos circulares, velocidade e força, mantendo o equilíbrio e precisão no final do impacto.


jianshu

Jianshu

(Arte da Espada)
Consiste em movimentos ofensivos e defensivos. Esta técnica trabalha suavidade, velocidade, giros, equilibrios com o movimentos continuos do corpo.


qiangshu

Qiangshu

(Arte da Lança)
Consiste em movimentos de defesa e ataque combinados, com giros de corpo com técnicas de perfuração, empurrão e estocadas.


nanquan

Nanquan

(Punho do Sul)
É um nome comum aos estilos populares nas áreas do sul do rio Yang Tsé abrangendo as províncias de Guagdong, Fujian, Hunan, Zheijiang, Jiangsu e Sichuan. Consiste em uma série de técnicas de mãos, corpo em posição baixa e combinação de movimentos vigorosos. Em alguns momentos o praticante dá um “grito” para acentuar um movimento liberando a enorme quantidade de energia necessária à sua execução.

nandao

Nandao

(Facao do Sul)
Consiste em variados movimentos de força e equílibrio combinados com técnicas de defesa e ataque e bloqueio de facão.


Tai Chi Quan

TaiJi Quan

(Tai Chi Chuan)
Consiste em movimentos de tai chi com as mãos livres visando uma performance marcial, qualidade técnica e saltos acrobáticos.


Tai Ji Jian

Tai Ji Jian

(Tai Chi Espada)
Consiste em movimentos de tai chi com as espada visando uma performance marcial, qualidade técnica e saltos acrobáticos.


sanda

Sanda

(Luta de Contato)
Consiste em uma luta de contato com o uso de protetor para cabeça, abdômen e luvas. Nesta técnica são utilizados chutes, agarrões e projeções.

Fonte : http://portaldekungfu.com
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terça-feira, 28 de maio de 2013

Curiosidades do Muay Thai - Parte 3

  • As planícies centrais, as terras de arroz, são o berço da civilização Thai. Ao longo da península do sul o elemento Malaisiano-Musulmao na povoação confere à região um sabor cultural único especial. Para o viajante ansioso por explorar as divergências étnicas, religiosas, alimentares e culturais dos povos asiáticos do sudeste, não há sítio mais variado que o centro multicultural da Tailândia.

  • Durante quatro séculos e até meados do século XVIII, Ayutthaya foi a capital da Tailândia e uma das cidades mais esplêndidas da Ásia. Agora, a única coisa que resta desta gloriosa capital são as magníficas ruínas dos templos e os palácios que remontam a 1350, ano em que a cidade foi fundada. Os restos do palácio real provam que o Grande Palácio de Bangkok está inspirado na arquitectura característica da cidade antiga. Para além das ruínas, merecem uma visita os museus que documentam as memórias de 33 reinos sucessivos. Ayatthaya é a cidade de pedra que aparece no filme Kickboxing (Jean Claude Van Damme).

  • Bangkok é uma das cidades mais entusiasmantes do mundo e é conhecida como Krungthep "a Cidade dos Anjos".

  • O Nockout mais rápido do evento Storm (evento mais famoso de Muaythai do Brasil) foi dado em 12 segundos por Bruno Carvalho da Academia Tiger Gym - Juiz de Fora - MG

  • O divisor de águas no Muay Thai do Brasil ocorreu com a visita do Treinador Thom Haring (Chakuriki - Holanda) no inicio da década de 90. Thom ensinou fundamentos do Muaythai que ajudaram muito no desenvolvimento técnico de atletas e treinadores famosos como por exemplo: Luiz Alves, Peu, Marcos Ruas e Pedro Rizzo.

  • Outro divisor de águas no Muay Thai do Brasil ocorreu com a visita do Mestre Bun Riang (Tailândia) essa visita ajudou muito no desenvolvimento técnico do Muaythai tradicional principalmente no estado de São Paulo.
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15 Armas antigas mortíferas

1- Gladium hispanicus

Gládio usado pelos romanos
Espada reta curta de dois gumes, junto com o pilum, arma principal do legionário clássico (séculos II a.C. a III d.C.). O exercito romano só a adotou muito tempo após a criação das legiões, quando se descobriu  que feridas  superficiais de 10 cm de comprimento (golpes de gume)  eram menos mortais que feridas de 10 cm de profundidade (golpes de  ponta). O gládio parece ter sido adotado quando romanos estavam enfrentando a guerrilha dos ótimos espadachins piberos para conquistar o resto da Hispânia, após Segunda Guerra Púnica. O gládio também deu nome aos lutadores profissionais que se enfrentavam em arenas para deleite da plateia.

2- Scramasax

Espada estilo Viking
Espada curta e, portanto, arma secundária de diversas tribos germanas: godos, francos, alamanos. Mas a preferência dos saxões por ela deu-lhes o nome pelo qual os romanos os chamavam. Ela tem apenas um gume. E é muito prática, serve para paz e para guerra é boa para golpes de ponta ou de gume.

3- Makaira e Falcata

Makaira, espada curva
A makaira era arma secundária do infante grego falangista, mas acabou se transformando na arma principal de outros povos (falcata ibérica, kurkri hindu…). Seu formato  amplia lesões produzidas por golpes de gume sem deixar a arma presa no corpo do adversário. Íberos com falcatas são considerados os melhores espadachins do mundo mediterrâneo dos séculos III e II a.C. Os modelos íberos geralmente possuem uma cabeça de cavalo no cabo.

4- Espada Celta

Espada usada pelos celtas
Os celtas eram mestres na metalurgia. As espadas retas de dois gumes surgem como facas longas ainda no neolítico. Mas eram quebradiças. Com a metalurgia do ferro elas ganham outra  desenvoltura. As espadas dão: 1) mais alcance que as facas 2) possibilidade de ampliar a lesão do golpe de aresta pelo seu peso e 3) a possibilidade de terçar armas, isto é, aparar golpes do adversário com a lâmina, mais facilmente. Com a criação das legiões romanas, as espadas celtas (spatha gálica) ganham importância tática.

5- Machado-Epsilon

Machado Epsilon Egípcio
O aperfeiçoamento de machados neolíticos em objetos de bronze, no vale do Nilo resultou no machado epsilon. Assim chamado pelo formato de sua lâmina lembrar  “a letra E dos gregos”.  Feito em várias versões, para uma ou duas mãos, com cabos de diversos comprimentos. Com cabo de lança, ele originou toda a família da alabarda, a família predileta de armas pra infantaria em formação frouxa que precisasse enfrentar cavaleiros em corpo-a-corpo. O versátil machado epsilon só exigia que a formação de batalha fosse pouco densa, para que pudesse ser brandido e não atingisse amigos, conjugando as vantagens da clava e da espada.

6- Adaga-Anel

Adaga com anel no cabo
Arma secundária típica dos alanos, um povo de arqueiros montados de fala iraniana. O anel no cabo possibilitava que o usuário mudasse muito rapidamente a posição da mão, quando enfiava seu dedo anelar no anel do cabo. Golpes podeiram ser desferidos de cima para baixo e de baixo para cima, em sequência.

7- Falx e Ronfaia

Falx, espada curva
Espadas para uma ou duas mãos, com lâmina curva de um só gume, no lado interno da curva. Arma principal da infantaria trácia e dácia. As falx dácias produziam feridas mutilantes e obrigaram os legionários de Traianus a mudar o feitio de seus elmos e das ombreiras da lorica segmentata. Elas tinham um inconveniente sério: podiam ficar presa no corpo do adversário. A ronfaia trácia aparece um tanto modificada nos gladiadores da modalidade Trácio, adversários tradicionais dos Hoplomacos e Murmillos.

8- Espada kopesh e Cimitarra

Espada Khopesh
A espada curva de único gume no lado externo da curva, a kopesh, era a arma por excelência da nobreza da Era do bronze para combates corpo-a-corpo. Ela era boa para golpes de gume. Ela originou a kopis grega (que aparece no filme 300) e a makaira. Ela originou também a cimitarra islâmica. Com advento de raças de cavalos capazes de suportar um homem no lombo, ela se tornou a preferida pelos cavaleiros para fazer a colheita de membros e cabeças sem se preocupar muito se os golpes seriam letais. Além disso, tinham a vantagem de não ficar presas ao corpo do inimigo, devido ao formato curvo com gume no lado convexo.

9- Mangual

Antigo mangual
O mangual é outro exemplo da ferramenta agrícola capaz de se tornar arma como foices, machados e tridentes.   Os primeiros manguais tinham cabos longos como o da figura e eram usados para debulhar trigo no Egito e Mesopotâmia. A substituição do bastão curto por uma bola de metal, com ou sem espículas, a tornou uma arma temida até por cavaleiros medievais em armadura completa.  Os manguais com espículas fazem mais dano, mas podiam ficar cravados no inimigo e deixar os usuários desarmados.

10- Francisca

Francisca, antigo machado franco
A francisca é um machado de arremesso usado por germanos ocidentais das florestas: francos, alamanos, escadinavos e saxões.  A arma tem pouco alcance, mas com contato visual possível nos bosques da Europa central, elas eram ideais. Em caso de necessidade podia ser mantido na mão para combate corpo-a-corpo.  Os francos tinham este nome porque eram uma federação de tribos anti-romanas livres, como eles gostavam de lembrar. Os francos tinham especial predileção por esta arma para arremesso e, por isso, a arma foi assim chamada francisca.

11- Sarissa

Grande lança Sarissa
As lanças de estocada eram a arma principal das falanges. A lança grega dori ou akantoe, de 2,5 m, era mantida na mão, tinha uma extremidade com ponteira em forma de folha aerodinâmica para entrar e para sair do corpo do inimigo. Na outra extremidade, pontas mais rombudas, cônicas eram usadas para furar inimigos caídos em golpes de cima para baixo e usadas para fincar no chão a arma durante ataques de cavalaria onde o próprio cavalo ajudava a empalá-lo. Aumentando o comprimento de seus eixos, os macedônios produziram a sarissa. Tais lanças chegaram a ter 6m.

12- Pilum

Pilo, tipo de lança romana
O pilum foi um aperfeiçoamento do dardo comum. Ele tinha uma ponta de metal piramidal para ser difícil de ser arrancado, um longo pescoço de metal para resistir a tentativas de decepar a ponta com golpe de espada e para que a ponteira toda se dobrasse ao invés de se quebrar. Isto impedia reaproveitamento do pilum. Isto também fazia com que o pilum cravando na carne dificilmente fosse arrancado e cravando-se no escudo celta torna-se o escudo muito pesado.

13- Martiobarbulum

Barbinha de Marte
Preocupações com a economia mais frágil do império após anarquia militar do século III fizeram o pilum ser substituído pelo martiobarbulum (barbinha de Marte) ou plumbata (dardos curtos feitos de chumbo).  Eles precisavam de menos chumbo e de artesãos menos habilidosos para serem feitos, cada legionário poderia carregar vários deles no lado interno de seus escudos parma. E naõ eram caros como arcos ou necessitavam de grande treinamento. Mas seu alcance era sofrível e não tinham os efeitos inteligentes produzidos pelo pilum.

14- Tridente

Tridente usado como arma
Derivado de atividade agrícola ou pesqueira. Os primeiros tridentes surgiram no Palelolitico. A refração na Água pode tornar difícil arpoar um peixe em aguas transparentes.  Os gladiarores retiários ,verdadeiros netunos vivos, os usavam e torciam dentro das vitimias para dano adicional e para que não saíssem facilmente.

15- Besta

Besta antiga
As bestas eram mini-balistas. Em inglês são cahamdo arco-em cruz porque o arco repousa na horizontal perpendicularmente ao eixo principal da arma. Seus projeteis são chamados de virotes. Eram superiores a arcos em poder de penetração e exigiam menos treino dos usuários, porém sua cadência de tiro era muito menor que a dos arcos, porque o remuniciamento era lento. Eram boas armas para snipers, franco atiradores, bem protegidos, distantes e sem pressa de recarregar, como homens em barcos ou ameias de fortes.

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